PROTEGER

Toda a sociedade deve proteger o meio ambiente. Este é um compromisso para com o futuro.

Ou praticamos isso ou inviabilizaremos a continuidade da vida na terra.

O setor público deve fazer a sua parte, promovendo ações contínuas que visem a preservação de tudo o que existe na natureza.

Seria ótimo que fosse sistematizada a prática do repovoamento e a demarcação crescente de novas áreas públicas de preservação.

No que diz respeito aos pássaros canoros nativos brasileiros, em especial ao bicudo e curió, nós, como seus admiradores, temos que protegê-los de todas as formas e batalhar para evitar a sua extinção.

Temos que lutar por isso, porque são as duas melhores formas de garantirmos a sobrevivência das aves: 1- A conservação do estado silvestre das aves e a biodiversidade nos Parques Nacionais e áreas ainda intocadas; 2- A criação em larga escala no ambiente doméstico.

Com efeito, as espécies estarão preservadas, de todas as formas, à medida que o homem se interesse por elas - como é o caso do curió. Mas o maior trunfo é, sem dúvida, a seleção genética na obtenção de linhagens de alto nível. Ela é a garantia de que não haja mais interesse por exemplares silvestres, de muito menor qualidade no aspecto da capacidade de repetição, da beleza física e de canto duvidoso.
As técnicas estão se aprimorando e, a partir dos anos 80, os procedimentos científicos de manejo estão sendo repassados e dominados por grande parte de passarinheiros. O gaiolão é o ambiente mais utilizado pelos criadores para exercerem o processo de reprodução. É a melhor forma, porque assim se poderá manipular as aves, controlar a temperatura, ventilação e umidade do criadouro com muito mais eficiência.

No entanto, em ambientes mais restritos e controlados, é perfeitamente possível que haja um extrapolamento, com a procriação sendo exercida o ano todo, em especial nos grandes criadouros, onde há sempre machos e fêmeas “prontos”, levando em conta a necessidade de uma boa produtividade.

Logicamente, uma fêmea só deverá criar até 4 vezes por ano, sob pena de esgotamento. Devemos ter todo o cuidado e respeitar essa limitação.

É preciso que todos os anos, de 6 em 6 meses, principalmente antes de iniciar a produção e antes da muda, que façamos uma profilaxia em nossas aves para que possamos nos prevenir contra as principais doenças que as atacam.

Poderemos, então, seguir as orientações abaixo, a saber:
- nunca introduzir aves no plantel antes da muda ou da fase de reprodução sem a quarentena, pois são épocas de queda de resistência imunológica;
- durante a muda devemos usar complexos vitamínicos e aminoácidos essenciais solúveis;
- durante a fase da lustração, ministrar vermífugo que deve ser repetido sempre após 15 dias;
- prevenir a coccidiose, primeiramente detectando as aves que têm problemas deste parasita, feito através de exames de fezes do plantel ou individuais.

prevenir a salmonelose e outras moléstias - preferentemente após fazer o antibiograma - com antibióticos de largo espectro, tomando-se o cuidado com dose, toxicidade dos produtos e tempo de uso para não causar resistência bacteriana. Os criadores que não seguem essas regras de uso de produtos estão contribuindo para a perda do efeito dos antibióticos.

Depois da aplicação dos remédios acima, sempre que possível sob a orientação de um ornitopatologista, ministrar um bom polivitamínico, até a entrada do pássaro em atividade.

Depois desse procedimento, deve ser oferecido esse tipo de medicação de polivitamínico rico em vitaminas A, D, E e K em uma semana por mês ou a cada dois dias por semana.

Quando houver casos de problemas durante a reprodução, efetuar exames específicos para detecção do problema. Alguns medicamentos, tipo sulfa, matam filhotes e podem esterilizar machos temporariamente, além de muitos já não terem efeito sobre alguns agentes patogênicos.

O recado final sobre tudo que foi escrito é: “quem tem higiene rigorosa não perde filhote”

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