RAÇADOR/GALADOR

CONSEITOS DOS GALADORES E RAÇADORES Hoje todos os criadores procuram um macho galador que possa gerar filhotes de ótimo desempenho, cada um na modalidade de sua preferência, ou seja: a propensão a aprender canto, a facilidade para repetir e a disposição para cantar, em especial, em roda de fibra. Aprendemos muito disso com as orientações do Prof. Italiano o Giorgio de Basegio, em seu livro: “Campioni e Razzatori” Não é uma tarefa fácil, justamente porque os pássaros são longevos e tem que se esperar muito tempo para haver uma confirmação da qualidade das crias. Por isso, temos que agir previamente para não haver frustrações. Importante dizer que nós aqui na LAGOPAS, não nos preocupamos com o dialeto de canto do pássaro raçador porque este fato não é genético e sim um processo de aprendizado que o criador tem que trabalhar para obter pássaro com este ou aquele canto. Isto é um pássaro de canto sofrível pode gerar um de canto clássico está provado para nós. Basta tomar os cuidados que se deve ter para obter-se sucesso nesta difícil tarefa. Porém, aqueles que têm poucos pássaros e querem se esmerar em qualidade de canto seria de se preocupar com essa característica do galador. Depois de algum tempo de observação chegamos a algumas conclusões que conseguimos constatar com a experiência e prática na LAGOPAS. Cruzar “tatu” com “cobra”, bicho que não se sabe a procedência e não tem origem comprovada é insucesso na certa. Então, o objetivo é alertar os criadores e façam sua análise para que economizem tempo e trabalho nessa difícil tarefa de produzir pássaros diferenciados. Vamos destacar os aspectos que supomos ser da maior importância quando queremos escolher um galador de sucesso, a saber: 1 Sanidade – fácil de perceber através da saúde e disposição que os respectivos filhotes demonstram; 2 Precocidade – constatar se os filhotes, apenas na questão comportamento, estão dispostos a acasalar e a cantar com fogo antes de um ano de idade. Não quer dizer que um pássaro precoce será um grande campeão quando ficar adulto; 3 Subespécie adequada – Há nove subespécies de bicudos, cada uma tem uma aptidão diferenciada com respeito à outra. Se quiser pássaros de fibra fixe em duas: “maximiliani” ou atrirostris”. Para canto pode ser a crassirostris, a maximiliani e a atrirostris. Para porte e elegância, a atrirostris, do bico preto, é imbatível. Os magnirostris são repetidores, mas em geral não cantam de cara, são muito valentes e não servem para fibra. Os gigantirostris são belos e enormes, para quem gosta de porte, não são repetidores embora tenham uma boa retomada. Já com os curiós não ocorre este fato porque se utiliza na criação somente a subespécie angolensis. Embora se saiba que os curiós oriundos da criação do Paraná e Santa Catarina tem um porte avantajado em relação a outras regiões. Deve-se preocupar neste caso com as famílias e raças de curiós que tem gerado excelências em uma ou outra modalidade. 4 Hereditariedade; averiguar se, embora tenha grande qualidade evidente, seus descendentes assumem as qualidades próprias da respectiva genética; 5 Efetividade; constatar que ao longo do tempo, efetivamente os filhos lograram alcançar sucesso nas modalidades a que se propuseram; 6 Genética de Campeão, comprovadamente é parente próximo ou é de um grande campeão. Lógico um excelente agregado, ajuda a vender as crias, mas é preciso efetividade. Isto é: transmissão comprovada de suas qualidades aos filhos; 7 Porte e elegância; notadamente nos bicudos, verificar se o pássaro tem a aparência mais requisitada e apreciada pelos criadores. Tamanho, cor do bico, postura e aparência como um todo; 8 Mansidão e adaptação – certos raçadores geram pássaros que são mansos e fáceis de lidar por natureza e isto é genético. Supomos um item muito importante a ser avaliado. 9 Produz campeões com diversas fêmeas - essa é uma das principais características de um raçador dos mais cobiçados, aquele que com diferentes fêmeas pode lograr produzir filhotes de alta qualidade. É preciso buscar informações sobre isso e só com muito esforço se consegue saber direito. 10 Consaguinidade– sabe-se que esse aspecto é importante na questão seleção pelo princípio de que a qualidade está ligada ao fato de que o macho tem que ser parente da fêmea para produzir alta linhagem naquela modalidade que o criador escolheu. Deve-se ter cuidado para não produzir pássaros com deficiência e com saúde abalada; 11 Disposição e habilidade - verificar se o pássaro escolhido tem habilidade, sabe passar de uma gaiola para a outra com rapidez e segurança, mansidão e disposição para executar o ato sexual; 12 Fertilidade – verificar se a maioria dos ovos fertilizados geram filhotes; 13 Disponibilidade de DNA – possibilidade de o adquirente confirmar a paternidade do filhote através de disponibilidade do DNA em laboratório confiável; 14 Legalidade e Documentação – é preciso que o criador que fornecerá repasse toda a documentação legal e necessária ao adquirente. Tem que ter origem comprovada, a comprovação da paternidade (ascendentes) e número das anilhas dos genitores o mais transparente possível.

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